logo
Inesquecíveis músicas italianas do passado
379 cantores e 2309 músicas traduzidas em português

La Leggenda del Piave

( Canta: o tenor Giovanni Martinelli )
( Autor: E. A. Mario - 1918 )

Aumentar caracteres Diminuir caracteres

Encontrou algum erro na tradução? Por favor, sugira correção! Corrigir

Original


Il Piave mormorava,
calmo e placido, al passaggio
dei primi fanti, il 24 maggio.
L'esercito marciava
per raggiunger la frontiera
per far contro il nemico una barriera.

Muti passaron quella notte i fanti:
tacere bisognava, e andare avanti!
S'udiva intanto dalle amate sponde,
sommesso e lieve il tripudiar dell'onde.
Era un presagio dolce e lusinghiero,
il Piave mormorò:

Non passa lo straniero!

Ma in una notte trista
si parlò di tradimento,
e il Piave udiva l'ira e lo sgomento.
Ahi, quanta gente ha vista
venir giù, lasciare il tetto,
per l'onta consumata a Caporetto!

Profughi ovunque! Dai lontani monti
venivan a gremir tutti i suoi ponti!
S'udiva allor, dalle violate sponde,
sommesso e triste il mormorio dell'onde:
come un singhiozzo, in quell'autunno nero,
il Piave mormorò:

Ritorna lo straniero!

E ritornò il nemico;
per l'orgoglio e per la fame
voleva sfogar tutte le sue brame.
Vedeva il piano aprico,
di lassù: voleva ancora
sfamarsi e tripudiare come allora.

No!, disse il Piave, No! i fanti,
Mai più il nemico faccia un passo avanti!

Si vide il Piave rigonfiar le sponde,
e come i fanti combattevan l'onde.
Rosso di sangue del nemico altero,
il Piave comandò:

Indietro va', straniero!

Indietreggiò il nemico
fino a Trieste, fino a Trento.
E la vittoria sciolse le ali al vento!
Fu sacro il patto antico:
tra le schiere, furon visti
risorgere Oberdan, Sauro e Battisti.

Infranse, alfin, l'italico valore,
le forche e l'armi dell'Impiccatore!

Sicure l'Alpi... Libere le sponde.
E tacque il Piave: si placaron l'onde.
Sul patrio suol, vinti i torvi Imperi,
la Pace non trovò
né oppressi, né stranieri!

Sul patrio suol, vinti i torvi Imperi,
la Pace non trovò
né oppressi, né stranieri!

Tradução

Enviar Enviar


O Piave murmurava,
calmo e plácido, na passagem
dos primeiros soldados, em 24 de maio.
O exército marchava
para chegar à fronteira
e fazer uma barreira contra o inimigo .

Os soldados passaram em silencio naquela noite:
calar era preciso, e seguir adiante!
Se ouvia no entanto das amadas margens
baixinho e leve o tripudiar das ondas.
Era um presságio doce e lisonjeiro.
O Piave murmurou:

Não passa o estrangeiro!

Mas numa noite triste
falou-se de traição,
e o Piave ouvia a ira e o espanto.
Ai, quanta gente tem visto
chegar, deixar o teto,
pela desonra consumada em Caporetto!

Refugiados em toda parte! Dos distantes montes
chegavam a apinhar todas as suas pontes!
Ouvia-se então, das violadas margens,
baixinho e triste o murmúrio das ondas:
Como um soluço, naquele outono negro,
o Piave murmurou:

Retorna o estrangeiro!

E retornou o inimigo;
pelo orgulho e pela fome
queria desafogar todos seus desejos.
Ele via a planície descoberta,
lá de cima: queria ainda
saciar-se e tripudiar como outrora.

Não!, disse o Piave, Não os infantes.
O inimigo não dará mais um passo adiante!

Viu-se o Piave reencher as margens,
e como os infantes combatiam as ondas.
Rubro de sangue do inimigo altaneiro,
o Piave comandou:

Recua, estrangeiro!

Recuou o inimigo
até Trieste, até Trento.
E a vitória soltou as asas ao vento!
Foi sacramentado o pacto antigo:
entre as fileiras, foram vistos
ressurgir Oberdan, Sauro e Battisti.

Destruiu, enfim, o itálico valor,
as forcas e as armas do Carrasco!

Em segurança os Alpes...Livres as margens.
E calou-se o Piave: acalmaram-se as ondas.
No pátrio solo, vencidos os turvos Impérios,
a Paz não encontrou
nem oprimidos, nem estrangeiros!

No pátrio solo, vencidos os turvos Impérios,
a Paz não encontrou
nem oprimidos, nem estrangeiros!

Enviar Enviar

A canção foi executada pela primeira vez no final da batalha travada em 23 de junho de 1918. O general Armando Diaz dirigiu um telegrama pessoal ao autor para agradecê-lo por sua contribuição musical para a vitória militar do exército italiano. Nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, a canção tornou-se um hino dedicado à resistência durante a guerra. E.A. Mario se recusou a ganhar dinheiro com "La Leggenda del Piave". Em novembro de 1941, ele doou as alianças de casamento dele e de sua esposa, e as primeiras 100 medalhas de ouro que recebeu como homenagem por esta canção pelas cidades ao longo do rio Piave, associações de veteranos de guerra e cidadãos particulares ao "Ouro para a Pátria" iniciativa. "La Leggenda del Piave" foi uma das candidatas a ser o hino da nova República italiana. " Il Canto degli Italiani " foi escolhido em seu lugar. Hoje, "La Leggenda del Piave" ainda é muito popular, e a música é comumente tocada durante as cerimônias oficiais para lembrar os caídos e a vitória final